Vias metabólicas: diferentes formas do nosso corpo produzir energia
Nosso corpo contém diferentes formas de produção de energia. Talvez você já tenha ouvido falar em ATP, que é nada mais nada menos que nossa molécula energética. E é com ela e somente com ela que fazemos tudo que demanda energia.
Para você entender melhor: é como se nosso organismo fosse os Estados Unidos e o ATP fosse o dólar. A única molécula que gera energia é o ATP e tudo é convertido para ela. Assim como em uma casa de câmbio em que você precisa “trocar” sua moeda pela moeda atual, nosso corpo também realiza troca de diferentes “moedas” para conseguir chegar no tão desejado ATP.
Bom, com isso em mente, precisamos entender as diferentes maneiras que nosso corpo usa para conseguir energia. Vamos lá.
Quando precisamos de energia instantaneamente ou de forma mais rápida e potente, utilizamos a via da Creatina. A produção de ATP aqui é muito rápida, porém não dura muito tempo. A próxima via é a quebra da molécula de glicose. Essa é um pouco mais demorada, mas dura um pouco mais. Está conseguindo ver um padrão? Nosso organismo é muito eficiente. E a última, mas não menos importante é a oxidação lipídica. O tão sonhado uso da molécula de gordura. Essa última é a mais lenta de todas e só é usada com prioridade quando não estamos sob estímulos altos. É muito usada durante o sono e para manter as funções vitais. Pouquíssimo usada durante o treinamento (acho que por essa você não esperava, não é?) .
É importante entender que a todo momento utilizamos todas essas vias, o que muda é a prioridade que nosso corpo dará a cada uma dependendo do que estiver acontecendo.
Durante o treinamento utilizaremos mais as duas primeiras, a da creatina e da glicólise, por isso é importante mensurar isso no processo para conseguir chegar da melhor maneira ao seu objetivo.
Portanto, diferentes estímulos demandam diferentes vias metabólicas e entender isso é um passo gigantesco para você chegar onde você deseja e embora toda essa parte de estímulos seja crucial, a parte alimentar tem que estar caminhando de mãos dadas aqui. Falarei mais disso em um próximo artigo, por quê ajustar sua alimentação ao treinamento talvez seja a tarefa mais importante durante todo esse processo.
PROFESSOR
Gabriel Perrone Cota
CREF SP
144942-G/SP
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